Ateu

Até ao ADEUS,
às mais aéreas de minhas loucas aguas ,
bonshomes sentem nas fabíolas fábulas
Bolenas Anas e Rolanda's faenas,
inspiradas nos precipícios senfins ruins,
sem nariz e até às mais fétidas de minhas falsas calmas ,
investem àureas de pressas ,
assim finas fivelas ,
às minhas presas francas e brancas ,
eslavas ,escrevo , escravizo e me deslavo ,
des'Aleixo (poeta português que não sabia ler nem escrever) ,
sem abrigo sem castigo erro ,
sou mestiço mestiçado e não sei o que ainda aqui faço ,
se trespasso o meu espaço , se fujo da colmeia ,
do melaço e da cana de açucar e do brinco areal com que brinco ou faço de palhaço
ou sou trapo d'orelhas mouchas,
tô feliz por um lado proscrito , bom... , mas por outro desisto,
Bom...bem isso é outa historia ,
a da gota d'agua renitente,a lagrima do penitente ,Enchente decorrente ,
também , se não escrever ,tem mais gente que o fará e nem as letras bestas ,
sentirão a diferença ,nem assim minhas lentes se enchem de lágrimas ,
temo que,
lástimas brandemos aos véus de pitonisas despidas e mordidas pelas pitons suas amigas ,
ai , não ,não tire a blusa que não usa ,vidente musa,
minha é ela já ,
não sou coerente ,
sou identico ao Santos Dumont ,
hoje tou sombrio , amanhã correu ,
brilho , pelo restolho e desminto a sombra que dorme e m'adorna em redor nos meus escolhos ,
se desabrigo a crença ,
aí desenbainho a lança e parto d'cruz , p'ra França de trem vagão ,
(sem a santa Aliança de sapados Prada vermelhos),
mesmo assim com a minha criança grand'eu e confiança na senda ancestral d'Atapuerca/Finisterra ,
Tua aliança , castiça , sou eu ,
todo Mauro,Muçulmano e Ateu ,Promet'eu .
 Valeu?

JORGE SANTOS