Oração a um Deus Anão
Procuro castigo puro,
Porque Profanei o tumulo
Destinado do destino
E a Mansão do Emílio Zola.
Procuro quem me iluda,
Dedo aponte ao proscrito,
Traslade do garrote,
Armadilho em Covil de Zorra.
Procuro castigo duro,
Carga de rinoceronte
Ou Cornada de bisonte,
Abate contra o muro
Como um Goya fuzilado.
Procuro castigo rasgado,
Pelo corte picotado,
Missiva de Degolado reles,
Enxertado nos baldios
Dos infernos dos montes
Dos Perdidos.
Procuro rastilho
Curto de explosão
Rápida em paiol
Procuro lábios de sangue
E segmentos de enxofre
Que chamem a atenção
Procuro castigo puro
Por saquear a vala comum
De um Deus anão.
E o Quarto anjo derramou sobre o sol a sua Taça.
Jorge Santos