No ceu da minha quase boca,
Quase seca,
Que a ponta de suas asas ,quase toca,
Na minha voz ,quase rouca
De meu corpo ,quase sem roupa
Em andrajos m'arrasgo, quase ,
N'alguma ruabeco sua, quase perto,
Devolvo-te ,quase por inteiro ,o meu almo certeiro,
O meu quase ,coração tinteiro,
O meu rosto ,envergonhado,quase por inteiro,
Leva, leve , quase litro e meio , do meu sangue,
E me escreve , com ele , em quase letras,
Em quase estrelas , do teu firme e quase sempre
Presente , firmamento,
Onde se cruza o vento,
com as estrelas e o tempo.
Jorge Santos