cavalo do vento


Escrevia o nome Dele,
Vezes e vezes sem conto ,
Em paredes de cal e estuque ,
Era estugado pelo Nome sublinhado,
"Completamente louco em terra varrida pela loucura",
Infiltrara-se pelos porosos e percursos obtusos ,
Rondos a absurdos nos declives e pelos talefes breves ,agudos ,sempre empinados,
Desenhava rotas, impossíveis e passivas ,
Esquadrinhava vagas/areias de Samarkand a Finisterra de Baku a Burgos
Sobrevoando o Gobi seguindos os raiados vales/paredes dos silencios em Jerusalém ,
Vales dos Reis e Nilos .
Escrevia o Nome Dele nas paredes silenciosas ,
Ociosas e brancas da memoria ,tentando não O olvidar(mos) ,
Á cadencia cadenciada dos passos perdidos e achados ,preenchia-o o fluxo das palavras imaginadas em Estilhaços Biblicos,recolhidos de
Destinos planisféricos , plenos  em silêncios e em cores repetidas , vides paredes em vidas e vidas Planetárias.
Cheiro a rosa velho o carvão negro  desenhava o Nome que estendia pelas paredes Venais.
Gautama Jesus

Jorge Santos