nao cesso de perder a coragem/ num corrimão de escada,/no elevador /tão perto de me perder /no cheiro a ti,/não cesso de roer as unhas /quando t'afundas nos corredores da escola/de perder o tino /quando me olhas tao de perto /não cesso de perder a calma nas malhas das tuas meias altas/ não cesso de viver incerto/ nas veias do teu pescoço /a minha frente no banco da classe/ onde me esqueço /e estou /se dentro do canteiro de jasmim /ou no espaço pertinho de ti/ sem coragem de te dar um abraço/não cesso de perder a coragem/ Jorge Santos