Brilha uma saudade eterna ,
Perene,transcende-me em um vício vínício de mais
E os maiores dos meus suspiros partem-me de manso o peito,
Estilhaçam-me vitrais e o coração de vidro e papoilas ,
Sinto já fronteiros os cravos e os cheiros de teus lânguidos beijos ,
Brilha na grisalha barba por fazer,uma saudade que impregna a pele de um vicio benigno ,
Meu vinho é voçê e se vinho aqui depois da vindima
É porque a adega não fechou nem ainda nem mais ,
Ha uma uva meio despida que dá um vinho que vibra ,
Merlot ,esse é o meu vinho e a minha vida ,
Como tranlúcidas asas amo a vida em esvoaçares de mariposas
Em torvelinhos de rosas ao meio-dia.
JORGE SANTOS (sempre)