Outono

Manda-me um mandala de papel,
Com a prima dela presa por um cordel,
 Na mesa e no corcel ligeiro
 Não va perder-se no papel e no ceu
 Manda-me o primo vero, primo
 Dele numa pomba num pastel
Com frame não me equeça a côr de cor
E pinte primavera fora de mim d'outras
 Cores que não essa ,
Vera e flores deveras belas ,
Amores renascidos calices partidos
 Mandalas de papel ,
Deves-me uma primavera fluida
Na minha tua vinda cá d'outro ano,
Primavera boa , primavera vá...vem já ,d'outonos tou tão só.

Jorge Santos