o coração/lago
escorre fininho,
na ampulheta-do-tempo
e desenha curvas na passagem
do vento,curvas no rumo de pensamento e no paladar
agoirento.Ai, no falar não tanto porque as palavras não têm gosto certo
e , em certo tempo , sinto palavras dentro promptas a saír , a todo o momento
e kilometros-de-areias-quentes nos corações jazzeu.
Jorge Santos