Caíu-me o olhar...


Caiu-me o olhar bem no meio do mar rasgado
Era manso e cálido, instável
Apesar do bafo leve e paciente, sem peso
Um lugar onde nada de novo acontece
Além da cólera da espuma e do céu...
Deixai-me cair e molhar-me
Onde o amor nem habita
nem ha-de habitar nada de meu...

Jorge Santos