O que importa, na espera,
É a presença em falta, severa,
Pesada como um lastro,
Silenciosa como um claustro
A causa do mal todo…
E espero…que importa,
Curvo ou cansado,
Caneta sem tinta,
Cheque careca,
Invisível céu,
Cabala de Meca
E eu…
O que importa,
São as ilusões,
Dando à costa,
Presas aos anzois
E os sonhos, guardanapos
E nos pratos,
Os restos da tua presença,
À mesa.
O que importa,
É que creio,
No que me encanta,
E no que me sorriu,
Até ficar sem fala,
D’ouvir o olhar sorrir…
(Ah…e o falar dela!)
Joel-Matos (02/2013)