"Segredos do Teu Mar"



Aparece tímida,encantada, como os poetas te descrevem, e reflete em imensidão de um céu,a beleza como quem sonha. Na tua condição de deusa, ainda menina,em fases,em quatro partes te cortas e te descreves, em poemas com quais meu coração sonha.Aí,tão longe,alguém te vê e pensa em mim...descritas em longas linhas de poesia. és musa com a tua timidez, ye despem sem timidez aos olhos de corpos celestes, te aquecem entre as estrelas, mesmo reconhecendo as manhas em que te escondem entre madrugadas confusas. Te olhando,percebo distante,, enquanto te cubro de roupas, deixavas assim de se ingênua nas minhas memorias e desenhavas te rainha de noites comtemplativas Nesta tua realeza e envolvida em mistérios pela noite, aquecida por diademas de estrelas, via te refletida em águas pois o mar várias vezes te fazia sempre que a areia cobria.Onde vai onde amanhece?Onde vagueia além do pensamento? Das minhas perguntas loucas, as tuas respostas soltas que sem conclusão dizias,que era apenas uma lua fria. Adorei assim cada noite,que te absorvi sonhando e em cada mudança de fase,me descobri cada vez mais sua! No teu imenso manto que encobria o brilho,que embalava como filho o teu sorriso crescente,e fantasiada de eclipse, fugiu de mim enquanto lua;eu,da janela quase nua...imitava teu olhar e por certo em poucos momentos de quarto minguante se fez. Mas me senti atraída pelo convite que fazias... me enviava todos os dias, mede as vidas,as marés e os sonhos apaixonados... Quero encotrar-te um dia e frente a frente tocar-te,nem que seja nesse instante tocar-te e morrer de amor.
(Mariana Gouveia)




descascam-se as cebolas,
Arrancam-se as conchas fixas e lapas rochas,
Puxam-se limos e lianas de ingremes escarpas,
Arranca-se com ganas e garras de urso o vespeiro,
Sente-se o cheiro de coentros e salsas nos fluxos elísios ,
Depois eleges o peixe que escamas nas camas e nos belixes,
Insonias-me a noite inteira para que não vire fera e lobo.
E derreta garras e não rompa barreiras de ferros e rasgue atmosferas de cetin e oiros.

Fecha-me a sete chaves,
Com claves de pó,
No labirinto do fauno,
Faz-me crer que sou covarde,
Porque o que de mim arde em fogueiras de rua ,
Tem demonio soltos,
São ecos , de egos e não sendo coisa boa ,
Centos e centos que me lembro d'outras vidas d'outros tempos,
Assola-me uma trizteza..Lua/mar.

Jorge Santos