As poções de sentido ,
Que sentido tinham ,
Não têm mais o sentido ,
Que no sentido mordiam,
As poções que lesavam a alma ,
Nem alma turva cansavam ,
Quanto mais alma pura alcançam ,
No sentido do guru demitido ,
Que demiti da minha tabua rasa,
Da minha casa vaga,
Alugada por cem dias aos verões que por aqui pasmam,
As poções perderam as mágicas e os tufões varreram-se-me a calma,
Até nova tempestade,
Que não tarde,não tarde.
Jorge Santos