Se vou morrer que seja a murar
em volta o mar que há ainda em
mim…
Se vou morrer quero de volta
as lágrimas que no mar
abandonei faz tempo…
Se vou morrer não lamento
ter o jeito
no coração dum mar
tormento
Sinto no meu ser um doce imenso,
Que, de verdade não posso ver,
Pois o sal não me dá descanso,
Apesar de, longe do mar os olhos eu ter...
(Jorge Santos)