Só podem...


Só podem ser tréguas d' arcanjos
As q'ouço e com as quais m’embalo
Mas tem cuidado
Pois faço do meu ralho profissão 
E do lado maldito 
Coabito com “o Demo”, desterrado; um sem-abrigo,
Varados por visões de pragas e pregos
Com as minhas almas gémeas …com os meus caretos

Se ao menos escrevesse versos pequenos
E claros 
De espécies normais e menos secos
Não passaria por doido
Varrido…só podem ser tréguas
D’algum Anjo que viu o outro lado…enfim… 

Só podem…