Não me peçam os mesmos discursos maduros
Se tudo o que mais quero são silêncios
Translúcidos e puros, todavia mais duros
Que insultos e tão suaves, tão sóbrios…
Tão líquidos, quanto sublime e belo
Há, no nascimento excessivo de um dia.
Não trago novidades ao colo, nem arquivos nos
olhos,
(porque razão as traria?) nem choro, de lasciva
alegria,
Descontente dos sonhos, que em mim s’impregnam
Sem os conseguir ver…
Não me peçam, não me peçam
O sol se o que quero é… só chover.
Jorge Santos (Julho 2013)