habito os cimos
dos cumes das minhas vivências, são poucos
e intimos
os momentos em que peço devolvidos os sonhos
depois imito-os
e muitos dos silêncios devolvo-os aos pinheiros
de neve com píncaros brancos
ou aos caminhos (aos que chegarem primeiros)
e terrenos de névoa envoltos
e ao meu coração pra sempre solteiro de sentidos
vindos de longe muito... muito longe
e prenhe de multidões de barulhentos sonhos ,nem todos meus,
mas d'outros mundos
d'outros monges cavaleiros ...caminhando ,caminhando,caminhando...
Jorge Santos