ideias
Ela unge todos os fermentos,
Águas-pães,
Urge completar de urze , o altar,
Para me completar,
E surge para me embelezar , de funcho e arminho,
Ela surge para me dar vinho,
E foge do olhar , é Magdalena , quando a procuro,
No fundo quadro e no vazio no mar,
Ela unge os rebentos de soja , que compõem o meu prato,
E as rosas castanhas , que decoram a mesa dos treze,
Martinhos e marítimos,
Ela (Mgdalena) unge , o meu copo pé de vinho,
e o pão que parto, no brilho dos serões.
Jorge Santos
s/ligação
cor pastel
Im@gino uma dança
(só agora ensaiada)
ofegante , crescente
de Minotauro Cretense,
ima@gino uma acção , de mão batida
que me dessem (chapada)
como uma benção devida,
te devo ,te pago a prestações,mas pago todo , todo.
transplanto o artifício artificial que é meu também (só por empréstimo)
im@gino o seu sento misturado ao meu e sinto um cento de odores
e toques saberes e sabores.Im@gino Tudo dançando comigo
nos milhões de anos-luz que cercam a estrela Vega,(onde vivi)
onde Navega a im@ginação.
Jorge Santos
Olhares de Turco
Balada para um Turco
Sim , turco Ismael,
Foste tu que me provocas-te ,
Atraíste-me a Istambul,
Por aí fora pelas mais embriagadas
Teias das minhas memorias
Reles turco Israel
Que ardas em fogueiras
Em voltas e voltas sem parar de rodas
Nas ruas tortas , sem bueiros
Nos meus bairros loucos.
Banhos turcos escaldem os teu pés ,
Turco de Fez,
Horríveis teus cheiros
A especiarias e cinzeiros
Vem , Louco turco , Ismael ,infame,
Diz-me , onde estou,
Se ,aqui , frente ao Tejo
Ou amarrado ao colete,
Mãos nas costas,
Num chão , de cimento fresco.
Jorge Santos
Impressões
Nas impressões arrisca
Quando Priscilla sente e arrisca,
Arrisca de olhos tripulantes,
E avista o amante,
na "flor de lis" no Avis.
Entrou d'rastos pela janela cadouça
E,apesar ser de louça ,
seu rosto parecia ter força,
Mas estremeci ao ver
que se partia o coração da moça,
É minha e só minha, culpa ,
se a apertei com força louca ,
a louça mourisca
da francisca moça.
Jorge Santos
Talvez haja Luz
Talvez nem possa voar,
Talvez nem te possa ver voar
de esmeraldas nas asas,
Talvez nas minhas manhãs
enevoadas e nas trovoadas
Haja luz,
Sejam as asas F'ridas,
que meus voos prendam ao solo .
Talvez nem te possa
ler contos tontos ,
Em almofadas de penas
e as minhas longas/lengas,
Nem ressuscitem as prenhas Dionisas.
-que te posso ofereçer de prendas?
Se as renas natalícias não gostem do tema,
e d'outros astros astrais,
Mas sei que nem espada tenho
pra m'armar cavaleiro ou em César Romano.
Eu invejo o partir da cruzada
de veleiro ou cruzeiro
Pra terras de vera cruz ,
a cavalo nas renas , coberto de esmeraldas.
Cavaleiro de veleiro ou cesareio
e cobrir d'elas e de velas e almofadas
E penas e lengalengas
E ver tudo e ao mesmo tempo ser nada ...
Jorge santos
Enredo
O enredo sopra como aragem ,
As velas se apagam ,
De súbito , na garagem,
em toda a casa ,
A visão de César ,
no quadro pintado em Julho parece crescer
E saír da parede do estúdio ,
Rasmalham os papeis ,
na mesa de trabalho
E voam em rodovalho ,
num redemoinho absurdo,
O arvoredo , em volta da casa argúria
de medo em ramos negros
Que exageradamente ,
entram pelas janelas batentes
e batem nos vidros,
Como gestos de gentios,
partindo-os em pedaços e o enredo sopra,
Sopra ,sopra
como aragem quente.
As velas se apagam ,
De súbito , na garagem,
em toda a casa ,
A visão de César ,
no quadro pintado em Julho parece crescer
E saír da parede do estúdio ,
Rasmalham os papeis ,
na mesa de trabalho
E voam em rodovalho ,
num redemoinho absurdo,
O arvoredo , em volta da casa argúria
de medo em ramos negros
Que exageradamente ,
entram pelas janelas batentes
e batem nos vidros,
Como gestos de gentios,
partindo-os em pedaços e o enredo sopra,
Sopra ,sopra
como aragem quente.
Jorge Santos
Trago Estaminal
TRAGO ESTAMINAL
No meu cálice em dislumbre
E helio , repousa de brumas azuis ,
E helio , repousa de brumas azuis ,
Junto ,
Bem juntinho ao fundo ,
Alto pé/copo ,
Bebe-se d'um trago largo ,
Arfago ,
Levito e estamino ,
Artefacto caule ,
Cacto vegetal de Sierra Madre
De mil anos.
Payote
Achei o pó mágico,
Que faz as coisas acontecerem,
Onde a magia levita,
Digo ; de magia mesmo,
Onde as palavras nascem.
Jorge Santos
Half
The Rose and Bonifácio
"Voçê me dá sede" disse-lhe a Rosa
Sede ,sim de querer quebrar o ultimo castelo en/baralhado ,
Eu teria ficado desapontado se voçê não viesse
"Porquê ? se eu não viesse ? "fazes-me sorrir também,o sol oblíquo , de manhã lustra o cortinado e Imagino O teu rosto, " aí fica dia já ? "
O meu dia é dialogando e esperanto em crisâtemo numa chavena de chá,
" E a música do vento,voçê esqueceu ? "
Ele não sobra igual nem sempre crente em todas as margens ,
Levanta ondas , p'ra mim o vento é mudança de tempo ,
Pode ser tempestade ou bonança,
" Sim, é verdade,também eu o sinto na cara ,traz saudade quando me afaga "
Gosto que me diga aquilo " voçê tem pó mágico !"
M'imagino Bonifácio "o tresmalhado".
Jorge Santos
Lost Priscilla
Da mão de Priscilla
Caía docemente um livro lido ,
Por entre os lençois de linho
Adivinhavam-se contornos
Adivinhavam-se contornos
De searas ondulantes e dunas preguiçosas ,
"Boa noite" pensou ele
Enquanto lhe acariciava o rosto
Enquanto lhe acariciava o rosto
"Eu vou-te amar esta noite quente
E ainda vou ouvir cantar a cotovia na madrugada dormente"
E ainda vou ouvir cantar a cotovia na madrugada dormente"
Pensou ,antes de adormecer.
No sonho ,ouviu-se
Uma canção ainda indiscrita ,
Uma canção ainda indiscrita ,
E uma rosa pousou
Fixamente nos cabelos de Priscilla ,
Fixamente nos cabelos de Priscilla ,
Dormia ,sonhava uma melodia incantata ,
Indizivel ,os labios semi/abertos com sons semi/cobertos ,
Indizivel ,os labios semi/abertos com sons semi/cobertos ,
Um lençol cetim branco
Tranlúcido ,encantada ,
Tranlúcido ,encantada ,
Encantava a cotovia,
No parapeito da janela entreaberta,
No parapeito da janela entreaberta,
Num quarto algures , decerto semi-deserto ,
O amor floresceu sob o a romaneira,
Frente á janela ,lá em shang-ri-lá.
O amor floresceu sob o a romaneira,
Frente á janela ,lá em shang-ri-lá.
Jorge Santos
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