bosch hieronymus
Se eu fosse ladrão roubava,
O amor a quem não me dá nada.
Se eu fosse ladrão roubava,
Pão e seria eu que o dava de volta.
Se eu fosse ladrão roubava tudo,
A quem não dá... nem me dá dó
E se fosse pão roubava-o só,
Pro dar ao pobre, ao lado da porta,
Na volta, só deixava a tristeza cá,
Na beira do mar salgado,
Pros tristes deste Condado,
Coitados, não morrerem sós.
Morrerem com os olhos,
Pregados por pregos ferrugentos,
Do sal nas tristezas
Que semearam cá e lá.
Jorge Santos
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