Como disse anteontem, o ciume tem
O condão duma pedra verde azul torpe
Há que transformar em tição, tudo
Quanto nele toque; pode ter arte
Se for de raiva feito,
O ciume rubro, em vez de vazio, ralo
E mole, nulo como eu...
Como te disse ontem, transforma
O ciume teu, em ferros acesos,
Tições e carvões quentes.
Perfura o poema meu com a espada,
E o vão que contem desse azul verde ciume
Tenta... vamos, fá-lo em tição aceso
Reinventa o ciúme ..incendeia-o...
Jorge Santos (04/2013)