Uma noite fabricou Salomão um palácio
Resplandecente e em segredo.
Fez-se por todo o império
Silêncio e desde logo cedo
Ninguém teve alívio;
Até nos séculos vindouros,
Não mais nasceria ali, um veio
De água ou desaguaria nos rios,
Nada mais senão sangue e guerra.
Uma noite fabricou Salomão um palácio
E a dor nunca mais foi doutra era,
Menos estrangeiro ficou o receio,
De ser feliz naquela amarga terra.
Uma noite fabricou Salomão um palácio,
E tal foi o peso da bera amargura,
Que ainda hoje têm um vazio,
Os corações dos Homens em Jerusalém…
Jorge Santos (05/2012)