A Amora roxa sentou-se,
No colo ,do rapaz-da-tesoura,
A mancha roxa,
Não o deixa , por muito que fuja,
Por monte e vale,
Pela terra do nunca-e-tal,
Nem que se esconda na toca,
De um qualquer animal,
A amora pegou-se ao céu-da-boca,
Do rapaz-da-tesoura,
E não o deixa bocejar,
Ou respirar,
Os lábios sabem-lhe a amora roxa,
Do campo das ervilhas,
No país do Festival,
Nunca tinha provado sabor tal ,
O rapaz da tesoura sentado,
Em colo de amora madura,d'avental
Jorge Santos