Sigo com
atenção todas as minhas estranhas sensações
Algumas,
como tortura docemente aceite
Outras
como um novo dia, sempre diferente.
Todas as
versões eu vejo de longe, mariposas gigantes
Como
gestos quedando-se nas janelas
Sem
continuação pra’lém delas.
Estou sem
forças pra desertar pra’lém d’mim
Pra
dizer a verdade, só a opinião dos outros me fez f’liz
Por isso
imito outras profissões do universo
Das quais
não abdico se a elas tudo me prende como visco
Como uma
ave que se balouça mansa no caniço
Sem ter
pr’onde abalar por ser já demasiado tarde…
Jorge
Santos (01/2012)